Promovida pela Associação Turismo de Lisboa (ATL), a mostra contará toda a história sobre essa tradição centenária envolvendo o religioso e seus altares, incluindo o Museu de Lisboa – Santo António a esse contexto.
Com visitas guiadas em tempo integral, será possível conhecer e contemplar de perto uma seleção de peças legítimas que evocam símbolos populares típicos e costumes regionais, tais como: os bairros, as ruas, as calçadas, os azulejos, os manjericos, as sardinhas e os pães, bem como as louças de barro, o tostãozinho, as festas e, claro, os tradicionais casamentos. A combinação de uma Lisboa bairrista e pura com uma versão mais contemporânea, metropolitana e cosmopolita, refletindo preocupações ambientais e sustentáveis, também será retratada na ocasião.
“Queremos levar ao Brasil, uma arte que só existe em Lisboa e que, até então, só podia ser vista lá”, afirma Vitor Costa, Diretor Geral da ATL. Segundo ele, todos os anos, os cidadãos, as paróquias e diversos grupos e comunidades confeccionam seus Tronos e os expõem em suas casas, portas ou nos arraiais das ruas. “Trata-se de uma tradição centenária, que valoriza a história dos bairros lisboetas, recuperando suas memórias antigas e valorizando a sua herança cultural”, complementa.
Sobre os Tronos de Santo Antônio
Sua tradição remete à resposta da população ao grande terremoto, em 1755, que abalou Lisboa e danificou sua igreja, provocando uma grande mobilização em torno de sua reconstrução. Enquanto os decretos reais ampliavam o recolhimento de esmolas em todo o reino, as crianças locais erguiam pequenos altares nas soleiras das casas durante o período das festas dos santos populares, pedindo “uma moeda para o Santo Antônio”. Assim, a tradição enraizou-se, tornando-se parte das atrações das famosas “Festas de Junho”.
No século XIX, os pequenos passaram a pedir “cinco milreizinhos para a cera do Santo Antônio” para gastar em guloseimas e fogos de artifício, juntando-se à folia das festas, que incluía os arraiais, os balões de cores e as guitarradas. Assim, toda a cidade enfeitava-se para receber seu Santo mais querido, seguido agora pelo peditório do “tostão para o Sant’Antônio”, estendido por todo o mês de junho.
Feitos com caixas de cartão ou bancos baixos, os Tronos eram decorados com velas, vasos, cruzes e sacrários, entre outros objetos, de chumbo ou madeira. Já as imagens do religioso eram feitas em barro e, nas mais pobres, eram substituídas por estampas de papel.
O século XX veio consolidar a presença dessas peças na cidade e, ainda hoje, todos os anos no mês de junho, os bairros da capital portuguesa são decorados com Tronos em homenagem a Santo Antônio, o padroeiro preferido dos lisboetas.
Sobre a Associação Turismo de Lisboa (ATL)
Fundada em 1998, a ATL é uma organização sem fins lucrativos constituída através de uma aliança entre entidades públicas e privadas que operam no setor do turismo. Atualmente conta com cerca de 900 associados, tendo como principal objetivo melhorar e incrementar a promoção de Lisboa como destino turístico e, consequentemente, aprimorar a qualidade e competitividade. Informações:
Serviço “Exposição Tronos de Santo Antônio”
Abertura (somente para convidados): dia 16 de novembro, às 19 horas
Exposição: de 17 a 19 de novembro
Horários:
dia 17 (sexta) — das 11 às 19 horas
Dia 18 (sábado) — das 10 às 16 horas
Dia 19 (domingo) — das 10 às 14 horas
Local: Grande Hotel Ronaldo Fraga(Rua Ceará, 1.205 – Funcionários – Belo Horizonte/MG)
Entrada gratuita